De baixo para cima , AnnaC prepara o seu canto !
Ali, onde outrora observava “ aquelas” velhas mãos enrugadas pelos anos pelos quais havia passado, agora contempla a entrada de luz no lugar da saída do fumo ...
-Olívia, sentes este calor? Sentes a luz?! , Olívia permanece na sua posição. Também ela estranha tudo o que a rodeia por ora .
Elas, as árvores que envolvem o novo espaço, protagonizam a mudança da estação com uma breve apanha de seus frutos.
O. acompanha o seu olhar, arrasta de um lado para o outro a sua cauda e acaba por deitar-se ali junto...
O. sabe o quanto AnnaC procura tentando encontrar nos ínfimos detalhes a sua rotina. Os olhos de AnnaC não sentem como a alma de O.
O. sente-a como nunca sentiu.
Olívia aguarda ...Aguarda o momento em que AnnaC se volte e lhe reconheça o olhar de angústia.
O., como agora é denominada, reconhece aquele olhar.
Aninhada, aguarda . Um dia a expressividade do seu olhar voltará a irradiar.
- Talvez O. Talvez ainda consiga ! Até lá, apenas te quero a meu lado!
O., assim chamou AnnaC a Olívia, para que pudesse abreviar o carinho para junto de si.