AnnAC'erca de...
- “Auuuuu”, ouviu-se a uma
certa distância. Reconhecida a sua vocalização, sob o silêncio do crepúsculo acorde-se
na expetativa de a observar. Ei-la deslizando como a chama por entre os troncos
das árvores assentes nos recortes daquele maciço rochoso!
No imaginário recorde-se a astúcia que a
raposa transporta, sim,” és esperta como uma raposa!”, a expressão tantas vezes
escutada.
No mistério da raposa, inale-se o sabor
daqueles cogumelos silvestres, os cantarelos, escondendo na sombra o veludo
preto dos pés da raposa. Satisfeita, procura acomodar-se enrolando-se sobre a
cauda põe a descoberto uma colónia de umbigos de vénus. Nem a propósito, uma delícia
dos” almoços” de faz de conta de infância!