.... Era o que eu calculava !!!
Chegou vestida
de preto , transportava nas mãos partes de vida sob a forma de troncos e pés de
flores com cheiro a terra. Nunca mostrou seu rosto.
Foi ficando por aqui...
Cinco horas , mais coisa menos coisa, quando partiu!
Não, ela não tem aparecido, a mulher vestida de preto ...... Porém continuo a pensar nela e nas formas que seu rosto poderia tomar!
......Parece-me ela , não estou certa que o seja.
Estranho, a proximidade daquelas aves que parecem não pertencer a estes lados!
Quase perdendo o fio à meada....a senhora
vestida de preto não voltou.
Os amigos do bosque ali,onde as casas ninho se
implantaram, não mais retomaram as andanças pelas matinas forçadas. Nos
beirados o arrulhar dos pombos acalmou...
AnnaC. , continua a lutar
por perceber o desfile de personagens que por aqueles lados passam!
Perante a ausência dela , procuro com todas as
minhas forças buscar imagens que me transportem à sua rotina .
Seu cheiro
floral continua a inundar seus pensamentos.
AnnaC., ensaia os
contornos de seu rosto.
Erguendo-se cedo na tentativa de registar o momento em que ela retomou o
ambiente onde pela primeira vez apareceu inebriando a sua memória e
curiosidade por estar com ela.
Simmmm, a senhora toda vestida de preto
voltou!!!
O aprumo da sua subtiliza transportando os aromas e formas naturais do bosque
que suportava as casas ninho onde AnnaC. se instalava , era agora inalada pela
naturalidade com que os seus cabelos e vestes esvoaçavam como se tratasse da
folhagem daquelas árvores, daquele bosque.
Eles, os outros habitantes daquele
bosque, para além de AnnaC., iam pousando em seus membros e tronco na imagem do
seus lugares naquela copa da árvore.
Ela, ela será muito provavelmente a Mãe
daquele bosque.
No lugar onde eles se cruzam, existem momentos onde o toque dos seus membros é inevitável.
Anna C procura entrar dentro dos seus habitáculos porque a noite em breve terminará....
O que é escuro , daqui a pouco retoma a paleta do azul ou escuro permanecerá.
Em baixo, os outros observam.....
Ali mesmo perto, de modo confuso, continuam a
transportar materiais, aqueles que darão o aconchego de suas crias.
AnnaC
regista a memória dos dias em que pela primeira vez sua mãe a envolveu num
cobertor dentro de um leito enlençoado, para que não mais tilintasse de frio
causado pela agonia de não pertencer aqui.
_Vamos !, diz ele
AnnaC. é conduzida para seu leito , porque ele observou seu estado.
Retomando a sua proximidade, não nega o chamamento da ave que teima em não participar na celebração deste momento...
The finissage continua.