sábado, 21 de março de 2020




annaC’uarentena|day 6
21 março 2020

O prolongar do inverno na hora das boas vindas à primavera, este ano atrasou um dia e assim se manterá por alguns anos.
O Equinócio da primavera onde a “noite igual” (aequus nox) ao dia, é considerado um período sagrado. O alinhamento do Sol com o Equador representa espiritualmente o equilíbrio e a unicidade da nossa vida. Entre a luz e a sombra a consciência da primeira pelo avistar da  segunda. A passagem do exterior para o interior no sentimento da ausência da segunda na presença da primeira.
Com as horas do sol a avançar, o impulso natural é o de iniciar novos capítulos, uma nova fase que nos encoraje na continuidade e testemunhe a viragem de página.
A natureza mostra-nos pistas que nos vão indicando a sintonia das Coisas. Da sintonia nada de errado em querer criar novos Castelos no ar, mas agora entenda-se o prefácio deste novo capítulo. É tempo de (re)contruir os alicerces que sustentarão esses castelos, é tempo de se seguir a formiga no carreiro que a transporta ao seu abrigo. No canto do macho da cigarra, também as ninfas (jovens cigarras acabadas de sair dos ovos que a morte da sua progenitora anunciou), entram na terra e ficam lá até a época de reprodução. Elas alimentam-se da seiva retirada das raízes das plantas, enquanto aguardam o momento certo para cavarem túneis que as levem de volta à superfície. Até lá o inverno continuará aí.

 Desenho 6_A casa das formigas, por Inês com 3 anos. A ideia de sobrevivência da parábola da formiga e da cigarra, no trabalho árduo de armazenamento e preparação de uma estação difícil que se avizinha.




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