annaC’uarentena|day 8
23março 2020
Hoje, um registo de pura vida!
A celebração de todos sinais de doçura e de cor, habitualmente
sem valor por se ter instalado na presença comum de
Celebrando este ciclo de vida, pelas caducifólias que dão
origem às flores e folhas e depois aos frutos registe-se a aspiração da
salvação de um coletivo que se propõe a não abdicar da sua missão de colheita e
de serviço comunitário.
No tom cerimonial deste momento, os rituais de culto e
celebração que desde sempre organizaram planos de construções que a arquitetura
dos povos reuniu em torno do seu habitáculo, e assim a imagem de Persépolis.
Desenvolvida por diferentes níveis num terraço onde a sua configuração
nivelava o solo rochoso assegurada pelo aterro das depressões com enchimento de
solo e rochas, Persépolis, dada a pouca conveniência de aí se chegar em virtude
das suas condições geomorfológicas (antes ideal para defesa de um nação!),
apenas era visitada na Primavera altura de comemoração e chegada de um novo ano!
Assim, ficou assumida, até aos dias de hoje onde as suas
ruínas, nas imediações de Xiraz (província de Fars, Irão), continuam a servir
de lugar e inspiração para a celebração de feitos e eventos.
Lá, restam ainda de pé: as portas (a conhecida porta
inacabada e denominada por porta das nações, na entrada Ocidental, e as colunas
de pedra (as cem, milimetricamente implantadas numa retícula de 10x10 sustentando
o hipostilo no palácio)!
Não sendo acaso por tal, a sua referência no registo gráfico
da escritora Satrapi que ilustra o seu “crescer” na metáfora de Persépolis por
entre as dificuldades de um povo (o seu) que procura manter os seus alicerces ideais
e de sua salvação (dela própria, noutro espaço e noutro lugar) na possibilidade
abertura de novos acessos ou portais.
Celebremos, então!
Desenho 8_ A árvore, por Martim com 7 anos. A ideia de celebração de todos sinais de doçura
e de cor, habitualmente sem valor por se ter instalado na presença comum para
todos. Um registo de puro de vida!
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