annaC’uarentena|day 10
25março 2020
Ainda, acerca de arco de ontem. O
arco-íris que aprendeu a falar!
No campo das representações
gráficas, a atribuição de sentidos próprios dos seres humanos a objetos inanimados
ou seres irracionais (personificação), avança com a intenção de interpretação da
apresentação de cada objeto no mundo de todas as coisas. Esta magia, a da
representação e de um certo pensamento visual fica então atribuída aqueles que maior
habilidade tem para o fazer: o Homem e num modo muito mais genuíno enquanto,
ainda criança.
Do pensamento visual a ideia
refletida no significado da aparência na ordem de todas as coisas, referida nas
teorias do Gestaltismo, na atribuição da psicologia a todas as coisas, e de
seguida logo a obra de Rudolf Arnheim e com este, a ideia de uma psicologia
visual associada à capacidade característica criadora que a nossa visão revela.
Esta configuração serve acima de tudo para nos revelar acerca da natureza das
coisas representadas não apenas pela aparência associada, mas nos sentimentos que
indicam o momento experienciado por quem o representa.
Ainda, do pensamento visual, a
percepção de todas as coisas e consequentemente a apreensão da “forma” das
coisas e a consciência de modo precipitado da “vida” de cada uma delas. A
imaginação não observa coisas, ela alcança coisas, alcança propósitos nas
manifestações de um imaginário experienciado, no desejo de (re)criar ou transformar
as coisas que nos rodeiam, nem que seja na tentativa de os tornar igual a nós
próprios para assim melhor viver.
Ver não é viver, viver é
perceber!
Desenho
10- O arco-Íris que aprendeu a falar. Da ideia de
necessidade de atribuir sentidos e sentimentos a todas as coisas que nos rodeiam
para assim conseguir as apreender melhor e assumir uma maior consciência na
compreensão de todo o Universo. A representação deste pensamento visual apenas
o Homem é capaz.
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